A proposta é um objeto multifuncional protegido por uma cobertura translúcida que convida o céu. Uma métrica ortogonal de pilares e arcos pontua o local, evocando a memória das antigas estações ferroviárias. O espaço interior é um jardim, ocupado o ano inteiro, versátil e flexível, projetado para uma cidade que abraça o futuro sem esquecer o seu passado. Não há usos definidos, apenas possibilidades, uma nova forma de habitar a cidade em contínua simbiose com a natureza – um “Pavilhão Jardim”. O edifício abraça a ideia de uma estação terminal, criando uma nova entrada para a cidade e convidando à permanência.

O Pavilhão é uma combinação de solidez e leveza, com a estrutura de tijolos resultante de técnicas construtivas industriais, materializando-se em arcos leves e elegantes. A sua transparência permite a permeabilidade e a relação com os arredores, promovendo a sua integração com a estrutura urbana existente e ampliando o Mittlerer Schlossgarten. No interior, um exuberante jardim cresce em constante transformação ao longo das estações, sendo ocupado durante todo o ano com diversas funções, transformando-se e adaptando-se às necessidades da crescente cidade moderna. Pode abrigar áreas de recreação infantil, cafés, áreas para piqueniques, eventos desportivos, restaurantes, eventos culturais, oficinas, concertos, festivais de música, discotecas ou exposições de arte.

A cobertura, projetada com uma rede de aberturas de vidro fotovoltaico, ilumina naturalmente o interior e assegura o equilíbrio térmico, arrefecendo o espaço por meio de ventilação natural no verão e preservando a temperatura interna no inverno. O excesso de água da chuva, armazenada num lago, pode ser utilizado para irrigação e atividades recreativas. A integração de espécies nativas de plantas e árvores garante fácil manutenção e a continuidade do bioma local, ao mesmo tempo em que contribui para uma pegada de carbono neutra.

A proposta é um novo espaço público para Stuttgart, com uma floresta que pode ser apreciada durante todo o ano, um símbolo para uma nova era – um futuro emergente onde a natureza deve tornar-se a protagonista.